Crime organizado ameaça área de mananciais em São Paulo
Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo mostrou como o crime organizado vêm agindo para lotear de modo clandestino e colocar em risco áreas protegidas na São Paulo.
Os mananciais das represas Guarapiranga e Billings são os locais mais afetados.
De acordo com especialistas as invasões ocorrem há muito tempo e são, muitas vezes, até estimuladas por políticos.
Nessas regiões existe grande carência de recursos básicos como ausência de infraestrutura de saneamento, fornecimento de água e coleta de esgoto.
As represas Guarapiranga e Billings são utilizadas para o abastecimento na região metropolitana de São Paulo.
A ocupação dessa região faz com que mais resíduos e esgoto doméstico seja despejado nas águas que, consequentemente, diminuem a qualidade.
Existe ainda outra consequência resultante da ocupação dessas áreas: é a diminuição da mata que circunda as represas. A supressão da mata ciliar faz com que haja uma deficiência na função de manter a qualidade ambiental dos reservatórios. Além disso, caso de chuva intensa, o solo movido diretamente para dentro da represa, causando o assoreamento.
Foto mostra loteamento Cidade Ademar
Problema comum no Rio de Janeiro atinge também a região de São Paulo. Loteamentos de terras são feitos nas represas de Guarapiranga e Billings
Foto mostra loteamento Cidade Ademar, perto do Parque dos Búfalos, Zona Sul, junto à Represa Billings, justiça determinou a reintegração em 2016. O problema é antigo.
Durante décadas ocorreu a atuação políticos e candidatos inidôneo na região, agora a situação piorou com a participação do crime organizado. Nota-se essa prática nas milícias do Rio de Janeiro que, em parte, se explica pela proximidade entre as ocupações e o centro da cidade. As áreas periféricas da capital paulista estão mais distantes das grandes aglomerações, dando a ilusão de que a questão não existe.
O problema é grave e muito problemático, traz como uma de suas consequências o agravamento da situação ambiental brasileira no concerne a reservatórios de água.