A Regência (1831 - 1840)
Revoltas do período costuma ser assunto de prova:
– Cabanagem (1835 a 1840) – motivada pelas péssimas condições de vida em que vivia a grande maioria dos moradores da província do Grão-Pará.
– Balaiada (1838 – 1841) – ocorreu na província do Maranhão. A causa principal foi a exploração da população mais pobre por parte dos grandes produtores rurais.
– Sabinada (1837-1838) – ocorreu na província da Bahia. Motivada pela insatisfação de militares e camadas médias e ricas da população com o governo regencial.
Denomina-se de “Período Regencial” a época compreendida entre 1831 a 1840.
O imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e herdeiro do trono D. Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade.
A Constituição brasileira do período determinava, neste caso, que o país deveria ser governado por regentes, até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).
Regentes que governaram o Brasil no período:
Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês de Caravelas.
José da Costa Carvalho, Marquês de Monte Alegre, (Salvador, 7 de fevereiro de 1796 — São Paulo, 18 de setembro de 1860) foi um político, juiz, jornalista e magistrado brasileiro, conhecido por sua excelente oratória e talento político. Foi membro da Regência Trina Permanente e primeiro-ministro do Império brasileiro, durante o período de 8 de outubro de 1849 a 11 de maio de 1852.
João Bráulio Muniz (São Luís, 1796[1] — Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1835) foi um político brasileiro. Deputado geral, foi nomeado membro da regência trina permanente, cargo que ocupou de 18 de junho de 1831 até sua morte.
Durante a regência, Muniz fundou o jornal Astréa, que esteve em voga e gozou de grande prestígio na época. Mudando-se para São Paulo, fundou a primeira tipografia daquela cidade junto a José da Costa Carvalho (futuro Marquês de Monte Alegre). Ali publicaram O Farol Paulistano, primeiro jornal paulista.
Francisco de Lima e Silva, Barão de Barra Grande (Rio de Janeiro, 5 de julho de 1785 – 2 de dezembro de 1853) foi um militar e político brasileiro.
Filho do marechal-de-campo José Joaquim de Lima e Silva, comendador da Ordem de Avis, e de Joana Maria da Fonseca Costa; neto paterno do sargento-mor de infantaria João da Silva da Fonseca Lima e de Isabel Maria Josefa Brandão Ivo, que, segundo dizem, era descendente de um irmão de Santo Ivo, canonizado pelo Papa Clemente VI em 1348, membro de uma das primeiras famílias da Bretanha, na França. Era seu irmão José Joaquim de Lima e Silva (1788–1855), feito visconde de Majé.
Diogo Antônio Feijó, também conhecido como Regente Feijó ou Padre Feijó (São Paulo, batizado em 17 de agosto de 1784 — São Paulo, 10 de novembro de 1843), foi um sacerdote católico e estadista brasileiro.
Considerado um dos fundadores do Partido Liberal. Pode-se resumir bastante sua vida afirmando que exerceu o sacerdócio em Santana de Parnaíba, em Guaratinguetá e em Campinas. Foi professor de História, Geografia e Francês. Estabeleceu-se em Itu, dedicando-se ao estudo da Filosofia. Em seu primeiro cargo político foi vereador em Itu. Foi deputado por São Paulo às Cortes de Lisboa, abandonando a Assembleia antes da aprovação da Constituição. Era adversário político de outro paulista, José Bonifácio de Andrada e Silva.
Pedro de Araújo Lima, Marquês de Olinda (Sirinhaém, 22 de dezembro de 1793 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1870), foi um estadista brasileiro, regente único e primeiro-ministro do Império do Brasil.
Foi Presidente do Conselho de Ministros por muitos anos e uma figura representativa da aristocracia rural do Nordeste, ligado aos elementos mais poderosos da lavoura açucareira. “O rei constitucional que Feijó não soube ser, mas soube escolher”, na definição de Octávio Tarquínio de Sousa. E ainda: “Dir-se-ia que o exercício continuado da presidência da Câmara lhe dera o hábito de espectador, ou melhor, de árbitro, dispondo-o a agir apenas como o mediador, que compõe, acomoda e evita os choques e os desencontros.”
Abaixo você pode conferir os períodos em que cada personagem governou o Brasil:
– Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês de Caravelas.
– Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve como regentes José da Costa Carvalho, João Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.
– Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve como regente Diogo Antônio Feijó.
– Regência Interina de Araújo Lima (1837): teve como regente Pedro de Araújo Lima.
– Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840): teve como regente Pedro de Araújo Lima.
Um período conturbado
O Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas durante o período regencial.
Crise politica
A crise política deveu-se, principalmente, com a disputa pelo controle do governo entre diversos grupos políticos: Restauradores (defendiam a volta de D. Pedro I ao poder); Moderados (voto só para os ricos e continuação da Monarquia) e Exaltados (queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e voto para todas as pessoas).
Revoltas
As revoltas ocorrem basicamente por dois motivos: más condições de vida de grande parte da população (mais pobres) e vontade das elites locais em aumentar seu poder e serem atendidas pelo governo.
Golpe da Maioridade e fim do Período Regencial
Os políticos brasileiros e grande parte da população acreditavam que a grave crise que o país enfrentava era fruto, principalmente, da falta de um imperador forte e com poderes para enfrentar a situação.
Em 23 de julho de 1840, com apoio do Partido Liberal, foi antecipada pelo Senado Federal a maioridade de D. Pedro II (antes de completar 14 anos) e declarado o fim das regências. Esse episódio ficou conhecido como o Golpe da Maioridade. Foi uma forma encontrada pelos políticos brasileiros de dar poder e autoridade ao jovem imperador para que as revoltas pudessem ser debeladas e a ordem restaurada no Brasil.
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