José Anchieta Torres
José Anchieta Torres de soldado a comandante geral em 53 anos de serviço.
O personagem histórico que iremos relembrar nasceu em Itavera no Rio de Janeiro no ano de 1897, era filho de Joviniano de Souza Torres e de D. Ana do Nascimento Torres.
Casou-se com com D. Minervina Mendes do Nascimento Torres, e tiveram quatro filhos, Edmundo, Rubens, Dulce e Myrian.
Estamos falando de José Anchieta Torres, ele alistou-se na Força Pública do Estado de São Paulo no dia 03 de julho de 1913.
Foi um ótimo aluno e ao longo da carreira colecionou boas colocações em concursos, ficando, várias vezes, em primeiro lugar.
Foi promovido a anspeçada (Anspeçada é um posto militar da classe das praças, existente nas forças armadas de diversos países do mundo, bem como em forças de segurança e outras organizações militares ou paramilitares. Esta é uma graduação de praça entre as de marinheiro/soldado e cabo.), depois foi promovido a cabo, e assim foi galgando os posto até chegar a coronel em 4 de dezembro de 1939, quando foi nomeado juiz militar.
Alguns fatos que podem ser destacados são:
- Como aspirante, em 1918, Anchieta Torres comandou a guarnição do primeiro auto blindado fabricado no Brasil (projeto de Natanhiel Prado) após os movimentos grevistas ocorridos na Capital em 1917.
- Como 2° tenente foi comandante de pelotão, comandante de destacamento no interior, instrutor na escola de recrutas e de cabos, delegado militar no interior, auxiliar do secretário do Comando Geral e outras relativas ao posto.
- Como 1 º tenente serviu no Estado-Maior na qualidade de redator do Boletim Geral. Em 1924, lutou na revolução ao lado do governo paulista.
- Como capitão, foi designado, para auxiliar do Major Júlio Marcondes Salgado na reorganização do Regimento (atual Regimento de Polícia Montada “Nove de Julho”).
- Era atleta, e como tal participou das equipes de tiro e de hipismo.
- Foi, como interino, secretário do Comando Geral.
- Foi chefe da 1 ª Seção do Estado-Maior, cargo recém-criado, após uma reorganização da instituição.
- Como tenente-coronel, comandou os 3º, 4º e 8º Batalhões de Caçadores e o Centro de Instrução Militar, hoje Academia de Polícia Militar do Barro Branco, por duas vezes.
- Como coronel, foi Chefe do Estado-Maior da Força Pública, função que deixou ao ser nomeado Juiz do Tribunal de Justiça Militar.
- Como juiz do Tribunal de Justiça Militar, presidiu-o quatro vezes e foi vice-presidente por· duas ocasiões.
- Foi sócio fundador e participante de várias diretorias da Cruz Azul de São Paulo e da Associação de Auxílio Mútuo dos Oficiais da Força Pública.
- Foi membro do Conselho da Caixa Beneficente da Instituição, exercendo várias comissões.
- Foi diretor da revista “Militia”, periódico editado pelo clube dos oficiais.
Em 18 de julho de 1966, contando 53 anos e 15 dias de serviço, encerrou a carreira militar.
José Anchieta Torres faleceu em 18 de junho de 1979 e, hoje, dá nome a rua da Capital.