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Santo padroeiro dos Bombeiros

São Floriano nasceu provavelmente no começo do século III d.C., sob o reino do imperador romano Diocleciano. Consta que ele era um oficial romano em uma das legiões estacionadas na Europa, provavelmente na região da moderna Áustria. Ele era cristão e era administrador militar da província de Nórica. Viveu boa parte da vida na cidade de Mantem, próxima a Kems, na atual Alemanha.

Seu oficial superior era Aquilino, comandante da legião romana no vale do rio Danúbio, onde existiam muitos soldados. O mais antigo registro histórico sobre São Floriano foi encontrado num documento de doação de terras que data do século VIII, onde o presbítero Reginolfo oferecia para a Igreja Católica algumas propriedades de terras, entre elas, “as do lugar aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano”.

São Floriano é o santo da Igreja Católica considerado padroeiro dos Bombeiros e protetor das pessoas envolvidas em incêndios. 

A igreja cristã em seus primórdios se espalhou rapidamente pelo Império Romano em especial por suas vias de circulação e também por seus soldados. O fato de ficarem estacionados em regiões distantes de Roma devido às conquistas fazia com que os ensinamentos cristãos chegassem aos confins remotos do império. Muitos mártires cristãos foram do exército romano.

No século III, o imperador Diocleciano, um governante de grande energia, inteligência e habilidade, tornou-se perseguidor dos cristãos. Com o auxílio do genro Galério, ele iniciou prisões, torturas e expediu um decreto que proibia qualquer culto cristão e exigindo que qualquer livro religioso fosse destruído. A perseguição foi estendida também para as legiões, onde os soldados não podiam professar sua fé, sendo obrigados a jurar fidelidade ao imperador e aos seus ídolos sob pena de morte. No entanto, muitos militares foram executados por não terem acatado às ordens de Diocleciano, inclusive Floriano, que, junto com quarenta companheiros, foi sentenciado à morte por Aquilino.

Os soldados tinham se apresentado ao comandante para comunicar que eram cristãos e que não poderiam mais servir ao imperador, o que os levou à prisão. Nenhum dos quarenta presos, nem Floriano, renunciou a fé cristã. Por conta disso, todos eles foram sentenciados à morte, com uma pedra amarrada no pescoço e atirados ao rio Enns, tendo sido executados em 4 de maio de 304. Seu corpo acabou sendo resgatados por cristãos mais abaixo no rio.

Sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo Martirológio Romano no século VIII, que manteve esta data para a festa litúrgica. No local da sua sepultura construíram um convento da Ordem dos Beneditinos. Mais tarde, passou para as mãos da Ordem dos Agostinianos, que difundiram a sua memória e a de seus companheiros. Seu culto se popularizou rapidamente na Áustria e na Alemanha, onde os fiéis recorrem a ele pedindo proteção em especial contra as inundações. Por essa sua tradição com a água, ao longo do tempo são Floriano se tornou o protetor contra os incêndios e padroeiro dos bombeiros.

Diz-se que devido aos constantes incêndios que sempre assolaram as modestas construções, Floriano teria criado um pequeno destacamento de legionários para permanentemente lutar contra o fogo. O nome deste grupamento de homens ficou conhecido como combatentes do fogo. Há uma lenda que diz que uma noite um grande incêndio destruía parte da vila que administrava e que ao rogar ajuda a Deus, com um único balde, ele teria acabado com o fogo.

Em 1138, seus restos mortais foram enviados de Roma pelo Papa Lúcio III para o rei Cassimiro da Polônia e para o bispo de Cracóvia, já que São Floriano tinha sido indicado como padroeiro da Polônia e de Linz, no norte de Áustria.

São Floriano é o padroeiro dos bombeiros, protetor contra os incêndios e de todos os que combatem o fogo. É também protetor dos limpadores de chaminés. Ele viveu no século III d.C. Sua festa é celebrada no dia 4 de maio. Sua imagem conta a história de sua vida. Vamos conhece-la.

Um pouco mais sobre São Floriano
A farda de São Floriano
A farda de São Floriano, com detalhes em dourado e azul, revela que ele foi oficial do exército romano, ocupando um cargo acima do de centurião. De fato, ele atuou numa legião fixada na região da atual Áustria, no vale do rio Danúbio. Devido à sua inteligência, perspicácia e coragem, foi designado administrador militar numa vila chamada Noricum, onde sua legião se fixara.

A cruz na mão esquerda
A cruz na mão esquerda de São Floriano simboliza a fé cristã que ele professava mesmo sendo um oficial do exército romano. Fixado numa legião romana distante de Roma foi mais fácil para ele e para milhares de soldados viverem a fé cristã. Com efeito, um grande número de mártires cristãos dos séculos II e III eram soldados romanos.

O balde de São Floriano
O balde de São Floriano, às vezes segurado por ele, ou, às vezes, por um anjo, retrata a missão que ele assumiu em sua legião. Em determinada época do ano a região de Noricum era assolada por incêndios que ameaçavam seriamente a vila. Por isso, São Floriano treinou e coordenou um grupo de soldados que se tornaram especialistas no combate ao fogo. Este grupo passou a se chamar “Combatentes do Fogo”. Certa vez, um grande incêndio surpreendeu a vila de madrugada. O fogo se alastrou tão rapidamente que os soldados não tiveram tempo para combatê-lo. Por isso, São Floriano fez uma oração pedindo a Deus um milagre. Em seguida, sentiu no coração o impulso de pegar um balde de água e atirá-la ao fogo. Quando fez isso, o fogo cessou imediatamente, para espanto de todos. Por causa disso, muitos soldados de sua legião se tornaram cristãos. E, também por causa disso, ele é o protetor dos bombeiros, protetor contra os incêndios e de todos os combatentes do fogo.

O anjo ao lado de São Floriano
O anjo ao lado de São Floriano significa o Mensageiro que levou seu pedido até Deus. Significa também a proteção de Deus para com todos aqueles que dedicam suas vidas pelo bem do próximo.

O estandarte branco com a cruz vermelha
O estandarte branco com a cruz vermelha sustentado pelo braço esquerdo de São Floriano significa que, além de ser cristão, ele propagou a fé cristã onde estava, principalmente entre os soldados de sua legião, sob seu comando. A cruz vermelha também simboliza o sangue de Cristo e dos mártires. São Floriano passará por esta dura prova de fé.

A pedra de moinho
A pedra de moinho ao lado de São Floriano nos fala de seu martírio. Por ordem do Imperador Diocleciano, o comandante da legião à qual São Floriano pertencia começou a agir contra os cristãos. Assim, ele prendeu São Floriano e mais quarenta soldados liderados por ele sob a acusação de terem se tornado cristãos. O comandante exigiu que eles renunciassem à fé em Jesus Cristo e adorassem ao imperador, que era visto em todo o império como um “deus”. São Floriano e os demais soldados recusaram-se a obedecer, alegando que:

o imperador não era um “deus”, mas Jesus Cristo, sim;
a fé em Cristo era um bem precioso demais;
a fé não atrapalhava o império e não era incompatível com a função dos soldados, mas, pelo contrário, enobrecia tal função.
O comandante, porém, não aceitou tais argumentos e mandou torturar São Floriano e os quarenta soldados. Como eles permaneceram firmes, sem renunciar a Cristo, o comandante mandou mata-los. São Floriano foi amarrado a uma pedra de moinho e atirado no rio Ens, que banhava a vila. Assim, ele deu sua vida pelo fogo abrasador que é a fé em Jesus Cristo. Isso aconteceu em 4 de maio do ano 304 e este dia tornou-se o dia da festa de São Floriano.

Oração de São Floriano
“Ó Deus, que envia ao mundo homens e mulheres para nos lembrar que o seu amor está acima de todas as coisas, dai-nos, pela intercessão de São Floriano, buscar sempre a união convosco e com todas as pessoas de boa vontade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”

fontes: Wikipedia | www.cruzterrasanta.com.br

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