Questão humanitária ganha visibilidade com refugiados na Olimpíada
Questão humanitária ganha visibilidade com refugiados na Olimpíada
O GEO-USP (Grupo de Estudos Olímpicos) considera que a delegação de refugiados traz notoriedade para o debate sobre as questões de nacionalidade no esporte
Pela segunda vez a delegação de atletas refugiados participará dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. No ano de 2016, quando foi a estreia da equipe na competição, eram dez integrantes. Este número quase triplicou e agora a equipe conta com 29 integrantes para a disputa em Tóquio.
A maior parte dos atletas são de origem iraniana e síria, no entanto, há pessoas de da Venezuela, do Congo e do Afeganistão. A delegação estará presente em 12 modalidades competindo sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional (COI). No dia 23 de julho eles serão desfilarão na cerimônia de abertura.
Atletas como James Chiengjiek, Paulo Lokoro, Popole Misenga, Anjelina Lohalith e Yusra Mardini integraram a equipe de refugiados no Rio, em 2016. Após 5 anos, continuam nessa situação e participarão da Olimpíada pela segunda vez.
“A partir do momento em que um evento esportivo traz isso à tona, ele cumpre um papel que vai muito além da mera competição.”, diz William Douglas de Almeida, doutor pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP e membro do Grupo de Estudos Olímpicos (GEO-USP).
O mesmo pesquisador afirma que essa questão também revela alguns problemas, principalmente por conta da naturalização. “Nós temos atletas que estão na condição de refugiados em outros países, mas como eles são atletas talentosos, eles recebem a sua nacionalidade e têm o direito de se naturalizar”, esclarece.
Por outro lado, há casos de pessoas que ficam anos na condição de refugiados.
Atletas como James Chiengjiek, Paulo Lokoro, Popole Misenga, Anjelina Lohalith e Yusra Mardini integraram a equipe de refugiados no Rio, em 2016. Após 5 anos, continuam nessa situação e participarão da Olimpíada pela segunda vez.
De acordo com o mais recente relatório do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), no mundo todo, mais de 82 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar. Aproximadamente 26 milhões estão em situação de refúgio.