Nobel da Paz é entregue ao Programa Mundial de Alimentos
Nobel da Paz é entregue ao Programa Mundial de Alimentos, que há 58 anos combate a fome
O esforço do Programa durante a pandemia foi reconhecido através da premiação; o número de beneficiados aumentou 82% em 2020.
A concessão do Prêmio Nobel da Paz ao Programa Mundial de Alimentos da ONU (Organização das Nações Unidas), ocorrida nesta sexta (9), é um reconhecimento aos esforços de combate à fome da instituição criada em setembro de 1962, ou seja, há 58 anos.
David Beasley, diretor-executivo da agência, disse “Isso é o maior reconhecimento que a família Programa Mundial de Alimentos poderia receber”.
O Programa premiado também ajuda na diminuição da insegurança alimentar, em algumas regiões esta fragilidade é usada como arma de guerra.
Até o fim do ano existe a expectativa de que 270 milhões de pessoas recebam alimentos, este é um aumento de 82% em relação a 2019. “Até que venha uma vacina [contra a Covid-19], comida é a melhor vacina contra o caos”, afirmou o presidente do comitê do Prêmio Nobel, Berit Reiss-Andersen.
David Beasley, diretor-executivo da agência, disse “Isso é o maior reconhecimento que a família Programa Mundial de Alimentos poderia receber”.
“Eles estão lá fora nos contextos mais difíceis, nos lugares mais complexos do mundo, não importa se há guerra ou devastação”, asseverou. “Não há honra maior”.
Criado em 1962, o Programa Mundial de Alimentos atendeu a um pedido do então presidente dos EUA, Dwight Eisenhower (1953-1961), objetivando fornecer ajuda alimentar com sistema ONU.
Países como o Iêmen, Congo, Afeganistão, Venezuela, Etiópia, Sudão do Sul, Síria, Sudão, Nigéria e Haiti, onde há grave crise de insegurança alimentar, têm prioridade no atendimento pelo Programa.
O Programa se apoia em doações governamentais mundo afora e possui excelente logística, atualmente se esforça para reduzir as desigualdades.
Em nota oficial, a organização disse “Testemunhando como a fome e o conflito alimentam-se mutuamente em dezenas de países, o Programa sempre defendeu o papel crítico que a paz tem para acabar com a fome. Os alimentos são, também, uma ferramenta de paz“.