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Empresa reconhece culpa por incêndio que matou mais de 80 pessoas na Califórnia

Empresa reconhece culpa por incêndio que matou mais de 80 pessoas na Califórnia

San Francisco (EUA), 16 jun (EFE).- A companhia elétrica PG&E assumiu, nesta terça-feira, a culpa em 84 acusações de homicídio culposo. A empresa assumiu a responsabilidade do incêndio mais mortífero da história da Califórnia, que atingiu quase a totalidade da cidade de Paradise em 2018.

Bill Johnson, diretor-executivo da empresa, encarregou-se de expressar a mea culpa perante o juiz da Suprema Corte do Condado de Butte, região do incêndio Camp Fire, que devastou 62.053 hectares, destruindo mais de 18 mil edifícios, além de ter causado 85 mortes, porém, um dos corpos nunca foi localizado, motivo pelo qual são 84 acusações de homicídio.

“Nada que eu diga pode diminuir a magnitude dessa devastação ou ajudar a reparar os danos, mas espero sinceramente que as ações que estamos tomando hoje ajudem a trazer alguma paz às pessoas afetadas”

De acordo com a imprensa local, Johnson teria dito ao juiz: “Nada que eu diga pode diminuir a magnitude dessa devastação ou ajudar a reparar os danos, mas espero sinceramente que as ações que estamos tomando hoje ajudem a trazer alguma paz às pessoas afetadas”.

Conforme concluiu uma investigação do Departamento de Florestal e de Proteção Contra Incêndios da Califórnia (Calfire), a origem do incêndio foi encontrada em uma linha eléctrica operada pela Pacific Gas & Electric (PG&E), a maior empresa de eletricidade e gás do estado.

De acordo com o relatório do Calfire, as faíscas de um cabo rompido que pertencia a uma linha de alta tensão próximo da cidade de Pulga teriam as primeiras chamas e a vegetação seca, as altas temperaturas e o vento forte contribuíram para espalhar o fogo.

As suspeitas sobre a responsabilidade da PG&E no incêndio alguns dias após o incêndio de novembro de 2018, quando a empresa informou às autoridades que um pequeno avião havia identificado uma “anomalia” na linha de transmissão perto de Pulga minutos antes do início das chamas.

Apesar de ter declarado falência em janeiro de 2019, a empresa terá que arcar com milhões de dólares em sanções, reparações nas infraestruturas básicas das populações afetadas e indenizações às vítimas ou familiares.

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