Exército se nega a retirar PM de escola no Ceará.
Exército se nega a retirar PM de escola no Ceará.
Escola em Fortaleza esta ocupada por policiais, segundo a Secretaria da Educação. Pasta havia solicitado ao Exército desocupação do local.
O Exército informou, através de nota, que não pode realizar a reintegração de posse da escola José Bezerra de Menezes, em Fortaleza.
A escola foi ocupada policiais militares que reivindicam melhores condições de trabalho e melhoria salarial.
Em 21 de fevereiro o Exército assumiu as operações de segurança no Ceará, o respaldo para a ação militar é previsto na aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Na nota divulgado o Exército informou que “As ações da Operação Mandacaru estão restritas às atividades relacionadas às Operações GLO, determinadas por Decreto Presidencial. Não inclui reintegração de posse”.
O pedido de reintegração de posse foi feito pela Secretaria da Educação do Ceará no sábado (29).
Viaturas da Polícia Militar estão paradas e com pneus esvaziados no portão do colégio. Os veículos são utilizados por policiais militares do batalhão da PM que fica em frente à escola José Bezerra de Menezes e também foi ocupado durante o que está sendo chamado erroneamente de motim.
A operação do Exército foi batizada de Mandacaru e tem objetivo de garantir a segurança no estado, realizando patrulhas e impendido crimes como roubos e assassinatos, segundo as Forças Armadas.
De acordo com a Secretaria da Educação a escola José Bezerra de Menezes “teve o cadeado da entrada de acesso à escola arrombado e foi invadida”. Em ofício da pasta enviado ao Exército, há o relato de que “o vigilante presente no local abordou as pessoas que adentraram à escola, as quais se identificaram como policiais, e informaram que ocupariam o espaço”.
De acordo com a 10ª Região Militar, “seria necessário buscar nos órgãos responsáveis as providências que estão sendo tomadas”.
Desde o início da paralização o número de homicídios no Ceará aumentou de forma acentuada. O número de assassinatos no Ceará cresceu 138% quando comparados os primeiros 25 dias do mês de fevereiro de 2019 e 2020.
Até o momento houve 47 prisões de policiais, 43 por deserção, 3 presos por participar em motim e 1 PM preso por queimar um veículo particular.
Houve o afastamento de 230 policiais por motim, insubordinação e abandono de posto de trabalho.