Internacional

Ataques no Afeganistão deixam muitos mortos

Carro-bomba e ataque com drones deixam 29 mortos no Afeganistão

Ataques no Afeganistão acontecem pelo terceiro dia seguido, nesta quinta-feira (19): um carro-bomba explodiu perto de um hospital deixou 20 mortos em um outro ataque drones foram usados contra combatentes islamitas e acabou matando pelo menos nove civis.
Uma testemunha disse que o ataque de Qalat, sul do país, foi “Como um terremoto”.
A sede local do Serviço de Inteligência Afegão (NDS) era o alvo, informou o governador da província de Zabul, Rahmatullah Yarmal.
“O hospital regional que fica no mesmo terreno foi destruído”, afirmou o governador.
Neste mês já ocorreram quatro atentado no país, isso tudo a menos de dez dias das eleições presidenciais. Os ataques desta semana deixaram quase 70 mortos e dezenas de feridos. Os talibãs reivindicados três dos ataques.
Algumas horas depois, 9 trabalhadores agrícolas morreram na província de Nangarhar (leste) após disparos de drones.
O alvo dos ataques era “supostamente direcionado contra combatentes do Daesh (acrônimo árabe do grupo Estado Islâmico), mas atingiu civis por engano”, disse o porta-voz da polícia da província, Mubariz Attal.
Devastação
O atentado foi reivindicado pelo porta-voz dos talibãs Qari Yusuf Ahmadi. “Executamos um ataque mártir contra o NDS”, anunciou ele em uma mensagem, na qual afirma que o edifício foi completamente destruído.
“Os talibãs demonstraram, de novo, que seu combate é contra o povo do Afeganistão e que não fazem mais do que matar as pessoas e destruir infraestruturas públicas”, disse o presidente afegão, Ashraf Ghani, em um comunicado.
As eleições afegãs devem ocorrer após o presidente americano, Donald Trump, ter interrompido, em 7 de setembro, as negociações com os talibãs para uma retirada progressiva das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão.
Quase 13 mil soldados americanos estão presentes no Afeganistão desde 2001, quando expulsou os talibãs do poder.
EUA cortam ajuda ao Afeganistão
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, acusou o governo afegão de leniência diante da corrupção e decidiu reter 160 milhões de dólares em ajuda para o país.
“Nos opomos aos que exploram suas posições de poder e de influência para privar o povo afegão dos benefícios da ajuda estrangeira e de um futuro mais próspero”, informou Pompeo.

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