Frei Caneca - Biografia
Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca
Nascimento: 1779 (Recife-PE)
Falecimento: 1825 (Recife-PE)
Causa da Morte: Fuzilamento
Você deve se lembrar de um shopping com o nome Frei Caneca, mas você sabe quem foi esta importante personagem da história do Brasil? E mais, você sabia que ele é uma das figuras principais de um evento histórico que foi cobrado no último edital do CSTAPM? Bom, se você já sabe do que estou falando merece os parabéns, se ainda não sabe fique tranquilo(a), vamos aprender agora.
Ele foi um religioso e revolucionário brasileiro. Apoiou a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador em 1824, movimentos pela independência do Brasil.
Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca, nasceu no Recife, Pernambuco no dia 20 de agosto de 1779. Era filho de Domingos da Silva Rabelo, um tanoeiro (fabricante de tonéis), e de Francisca Maria Alexandrina de Siqueira. Em 1796, com 17 anos, ordenara-se frei na Ordem dos Carmelitas e começa a lecionar retórica, filosofia, poesia e geometria.
Adota o nome Frei Caneca após a ordenação, em homenagem a seu pai, tornou-se um dos intelectuais proeminentes de Pernambuco, aderindo aos ideais libertários e juntando-se aos liberais na luta pela independência e a formação de uma república. No Recife, os conspiradores eram formados por comerciantes, padres, alguns oficiais, senhores de engenho e maçons insatisfeitos com os privilégios, monopólio e abusos fiscais que beneficiavam os portugueses.
Frei Caneca, Padre Roma, Domingos José Martins, entre outros, preparavam um levante para o dia 8 de abril de 1817, mas, no dia 4 de março, antes que os planos estivessem prontos o governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro tomou conhecimento da situação e determinou a prisão dos principais responsáveis. Estes, então, anteciparam a eclosão do movimento, que teve início quando o capitão José de Barros Lima (o Leão Coroado) matou o oficial português encarregado de prendê-lo.
Os patriotas tomaram o comando da situação e o governo foi deposto. A revoltada estendeu-se ao Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O governo provisório durou 75 dias, até que Recife foi cercado por mar e por terra. Muitos revoltosos foram mortos, outros fugiram e Frei Caneca, com uma corrente de ferro no pescoço, ligado a mais três prisioneiros foram levados em fila pelas ruas do Recife rumo ao porto, onde foram embarcados no porão de um navio, rumo a uma prisão em Salvador. Era o fim da “Revolução Pernambucana de 1817”.
D. João determina, no dia 6 de agosto de 1817, o fim das condenações à morte e a 6 de fevereiro de 1818 mandou dar por concluída as devassas. Com isso, melhoraram as condições dos prisioneiros. Frei Caneca organizou uma escolinha na prisão, onde cada um ensinava sua especialidade aos colegas. Depois de quatro anos, Frei Caneca obteve o perdão Real. De volta ao Recife é nomeado pela junta do governo constitucional recém-eleita, para lecionar geometria elementar.
A Independência do Brasil foi proclamada em 7 de setembro de 1822, mas os desentendimentos entre brasileiros e portugueses não havia acabado. Em 1824 uma nova revolução estava se formando, a “Confederação do Equador” (fique atento, este evento é cobrado no concurso CSTAPM), que para muitos foi o prolongamento da Revolução Pernambucana. No “Tífis Pernambucano”, jornal que Frei Caneca fundou e dirigiu desde 25 de dezembro de 1823 até 5 de agosto de 1824, alimentava as ideias revolucionárias. “Quem bebe da minha caneca tem sede de Liberdade” dizia Caneca.
Os lideres pernambucanos lançam, no dia 2 de julho de 1824, um manifesto, rompendo com o Rio de Janeiro e logo a seguir anunciaram a formação de uma república – a “Confederação do Equador”. Frei caneca começa a publicar as “Bases para a Formação do Pacto Social”, que era um projeto de Constituição para o novo Estado. Aos poucos as derrotas foram se sucedendo e Frei Caneca foi levado para a prisão no Recife, na Fortaleza do Brum.
Frei Caneca é julgado e condenado à forca, mas os carrascos escolhidos se recusaram a enforcar o Frei. A solução foi alterar a sentença. Um pelotão foi formado e sem formalidades, Frei caneca foi fuzilado e seu corpo foi colocado em um caixão e deixado na porta do Convento dos Carmelitas.